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Cuidados Paliativos não são sobre morte, mas sobre como escolher viver

O último dia 10 de outubro marcou o Dia Mundial dos Cuidados Paliativos. A data foi criada para reforçar a importância de uma abordagem médica que visa trazer humanização e dignidade aos pacientes além de conscientizar a população sobre o assunto. Por isso, vamos conhecer melhor do que se trata!

O que são e para que servem os Cuidados Paliativos?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os cuidados paliativos (também chamados de cuidados de conforto, cuidados de suporte e gerenciamento de sintomas) se referem a uma assistência promovida por uma equipe multidisciplinar com o objetivo de melhorar a qualidade de vida do paciente e de seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida.

Faz-se isso por meio da prevenção e alívio do sofrimento, com compaixão, controlando os sintomas e a dor, buscando ouvir as vontades do paciente, seus desejos e oferecer qualidade e bem-estar enquanto ele for assistido.

A capacidade de tomada de decisão, a capacidade intelectual e a independência do paciente precisam ser respeitadas. O paciente tem o direito de saber sobre sua doença e da gravidade dela. Cabe à equipe médica levar conforto e dignidade a ele.”, explica o neurologista Prof. Dr. Leonardo Valente Camargo, fundador da comissão de Cuidados Paliativos, onde atuou até o início de 2020, do Hospital Evangélico de Londrina.

Cuidados Paliativos não são exclusivamente sobre morte

Por mais que essa abordagem faça muito sentido em doenças terminais e para os momentos finais de uma pessoa, os cuidados paliativos não significam retirar tratamentos médicos, ignorar a vida que está ali ou negar às pessoas o melhor que a medicina e as demais ciências da saúde podem lhe oferecer. Os cuidados paliativos ajudam a pensar em tratamentos hierarquizados e a avaliar benefícios a serem buscados e os malefícios a serem evitados em cada fase da doença, como procedimentos dolorosos e esgotantes.

Os cuidados paliativos podem ser oferecidos inclusive no curso do tratamento curativo de uma doença potencialmente curável. Assim, auxiliando o paciente e sua família a terem seus sofrimentos administrados e cuidados por uma equipe multiprofissional, mesmo que o desfecho desta história seja a cura.

Mas eles ressaltam que é preciso falar sobre a morte

A morte é um tabu na cultura ocidental e sobre isso não restam dúvidas, a própria palavra nos idiomas da nossa cultura carrega uma carga semântica extremamente negativa. Os cuidados paliativos buscam também reacender o debate sobre este momento da vida que é tão natural quanto nascer e o acordar. Precisamos lembrar que um dia passaremos por este momento e que, chegando lá, merecemos ter um cuidado especial e uma experiência confortável, tendo um aporte tanto médico quanto familiar.

A morte é inevitável e se conseguirmos entender isso, tudo fica mais fácil. (…) É importante deixar claro ao paciente que uma coisa é tratar a doença e outra coisa é tratar a pessoa, o ser humano que ali está, com sua história, sua família, suas dificuldades. É preciso esquecer a doença naquele momento e cuidar do bem-estar da pessoa.”, diz o Neurologista da Clínica N3, Prof. Dr. Leonardo Valente Camargo.

Abordar a questão da morte e trazer esta perspectiva com um outro olhar, tanto com paciente quanto com seus familiares, fazem parte dos cuidados paliativos. Neste sentido, a equipe de capelania dos hospitais são grandes parceiros do corpo médico e prestam um apoio fundamental ao paciente e seus familiares. Além da capelania, a equipe multidisciplinar também é composta por psicólogos, enfermeiros, médicos, nutricionistas, fisioterapeutas e, algumas vezes, terapeutas ocupacionais.

Clínica N3 acredita em uma medicina mais humana e, justamente por isso, ressaltam a importância de incluir os Cuidados Paliativos nas abordagens médicas e de capacitar as equipes das clínicas e hospitais para tal. A vida precisa ser respeitada e tratada como prioridade, realizando, dessa forma, uma medicina humanizada e focada mais nas pessoas do que nas doenças em si.

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