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Depressão: você conhece os principais sintomas?

Diante de sintomas depressivos, é fundamental buscar ajuda profissional capacitada

 

Tristeza todo mundo sente, mas quando ela começa a ser recorrente e a causar prejuízos nas relações interpessoais e profissionais, é hora de acender a luz de alerta. Por vezes, o sofrimento é mais individual e aqueles que convivem com a pessoa deprimida não tem uma visão clara do que está acontecendo. Para elucidar o tema “depressão” e melhor informar a população sobre essa doença que afeta cerca de 12 milhões de brasileiros, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), durante todo este mês é realizada a campanha Setembro Amarelo, que aborda assuntos relacionados a problemas emocionais que podem levar ao suicídio.

 

A psicóloga especialista em Neuropsicologia, Samanta Cóser, da Clínica N3 – Neurologia, Neurocirurgia e Neuropediatria, esclarece que, muitas vezes, a pessoa dá sinais de que está depressiva, mas eles podem ser muito sutis e aparecerem com mudanças lentas. Os sintomas mais característicos são: pessimismo e desesperança, choro significativo, insônia ou sono excessivo, cansaço ou baixa energia, mudança de apetite com perda ou ganho de peso, pensamentos de morte ou de suicídio, isolamento social, sentimento de culpa, redução da libido e incapacidade de sentir prazer em atividades que antes eram agradáveis.

 

Um sinal que merece bastante atenção, segundo a especialista, é o desânimo. Ficar desanimado é natural, pode ser só o corpo dizendo que precisa de descanso, mas quando esse sentimento está associado à depressão, faz a pessoa se desconectar socialmente, inclusive, de coisas que são importantes para ela. Sendo assim, é comum que comece a cancelar compromissos e a se isolar. 

 

De acordo com Samanta, no quadro depressivo, o desânimo e a tristeza andam juntos e há uma decepção com o mundo que provoca a perda da esperança nas outras pessoas e em si próprio. Por isso, não raramente, o indivíduo tem vontade de sumir para interromper o sentimento ruim ou mesmo para não estar onde está. 

 

Quando a pessoa está deprimida, ela também acaba dando sinais por meio das conversas com falas diretas, como: “eu gostaria de estar morto” ou “se eu morrer, ninguém vai sentir a minha falta”, ou indiretas, quando diz que é um fardo na vida dos outros, que atrapalha, que ninguém gosta dela.

 

Ao detectar que não está bem, muitas vezes o indivíduo não tem forças para procurar ajuda, mas para que ele consiga se restabelecer, é indispensável o acompanhamento de profissionais capacitados na área da psicoterapia e, em alguns casos, da psiquiatria (que entrará com medicamentos para estabilizar os sintomas). 

 

“O remédio não vai fazer milagre e não é uma pílula mágica, é a terapia com psicólogo que vai ajudar esse paciente a repensar algumas coisas da sua vida, a trabalhar sentimentos e emoções e a estabelecer uma rotina forte para que consiga, aos poucos, se sentir melhor, retomar coisas que lhe são prazerosas e, assim, romper o ciclo da depressão”, frisa Samanta, complementando que o apoio dos amigos e da família faz toda a diferença.

 

Percebendo que algo não vai bem, que pensamentos suicidas têm surgido, e sem referência de auxílio, a orientação é ligar para o Centro de Valorização da Vida (CVV), no 188, que oferece suporte emocional e de prevenção ao suicídio, com total sigilo. “Pode ser um apoio muito importante na hora da crise”, afirma Samanta.

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