Cirurgia por endoscopia é indicada para tratamento de hérnia de disco
Técnica moderna minimamente invasiva traz inúmeras vantagens para procedimentos na coluna em comparação com o método tradicional
Com o avanço da medicina, cada vez mais surgem técnicas modernas para intervenções cirúrgicas. É o caso da cirurgia endoscópica da coluna para tratamento de hérnia de disco, um método avançado e minimamente invasivo, realizado através de uma pequena incisão no paciente. Se comparado com o procedimento tradicional, esse tipo de método traz benefícios para o paciente por causar menos agressão aos tecidos do corpo.
O objetivo da cirurgia minimamente invasiva da coluna é o mesmo da convencional, no entanto, o corte é significativamente menor. Para o procedimento é utilizado um endoscópio de um centímetro de diâmetro para projeção das imagens. Essa técnica já utilizada em grandes centros de saúde.
O neurocirurgião Dr. Ivan Hattanda, da Clínica N3, esclarece que na cirurgia convencional é feita uma incisão extensa nas costas do paciente e toda a musculatura da coluna é descolada a fim de que o osso fique bem exposto para o procedimento. O problema, segundo ele, é que esse descolamento gera atrofia da musculatura e isso pode resultar em dor crônica na coluna lombar e dificultar a estabilidade da coluna vertebral.
Na cirurgia minimamente invasiva, por sua vez, há menor descolamento da musculatura, pois ela é realizada especificamente no local que está gerando dor no paciente. “O foco não é a estética da cicatriz cirúrgica, mas o quanto que nós manipulamos de musculatura até chegar no alvo da patologia. Essa é a principal diferença entre a cirurgia tradicional e a endoscópica”, aponta.
Além da preservação da musculatura e de menor incisão/cicatriz, há várias outras vantagens, como menor tempo de cirurgia, menos uso de medicamentos, reabilitação mais precoce, menos dor, menor agressão de tecidos, taxa menor de infecção e retorno mais rápido às atividades laborais e físicas. “A longo prazo, reduz risco de uma cirurgia de parafuso ou até mesmo, dependendo da hérnia, o risco de recidiva”, completa Dr. Hattanda.