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Fibromialgia: convivendo com a dor

Melhora da qualidade de vida é fator determinante no tratamento do fibromiálgico; estima-se que quatro milhões de brasileiros sofram com a síndrome

Imagine que ao abrir os olhos pela manhã a primeira sensação que você tem é de dor. Mas ela não está só, chega acompanhada de um cansaço que pressupõe que as horas de sono foram insuficientes para reparar a fadiga do corpo própria de uma noite mal dormida. Essa é uma realidade comum para quem sofre de fibromialgia. A síndrome, caracterizada como uma doença reumatológica, causa dor crônica difusa envolvendo músculos e articulações, por mais de três meses, além de outros sintomas, como distúrbios cognitivos (atenção, memória e concentração), formigamento, depressão e ansiedade.

Segundo o estudo “A prevalência da fibromialgia no Brasil”, realizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), aproximadamente quatro milhões de pessoas no País sofrem com a doença. A fibromialgia acomete mais mulheres do que homens, numa proporção de nove por um, em pacientes na faixa etária entre 40 e 60 anos, principalmente entre as que apresentam ansiedade, depressão, síndrome do intestino irritável, intolerância à lactose e questões reumatológicas. Os pontos dolorosos determinantes da fibromialgia estão localizados na cabeça, no pescoço, nos ombros, nos cotovelos, nas costas, na região lombar e dos glúteos, nos joelhos e tornozelos.

De acordo com o neurocirurgião, Dr. Carlos Zicarelli, da Clínica N3, as causas da síndrome ainda são incertas. Porém, estudos genéticos e moleculares evidenciaram polimorfismos em determinados receptores no cérebro que fazem com que, após um evento traumático físico ou psicológico, os pacientes desenvolvam alterações bioquímicas que favorecem o aumento de citocinas inflamatórias e alteração de alguns neurotransmissores, como a serotonina, que potencializam as dores disseminadas pelo corpo.

Do diagnóstico ao tratamento

Fechar um diagnóstico de fibromialgia é uma tarefa complexa, visto que não há um exame comprobatório. Por esse motivo, muitas vezes, a pessoa com fibromialgia acaba passando por vários médicos numa árdua tentativa de encontrar uma causa para seus sintomas até chegar a um especialista que realiza o diagnóstico com base na história e no exame clínico do paciente.

 

Teoricamente não há um tratamento para a cura, mas há opções que melhoram a qualidade de vida e propiciam mais independência, sem uso de medicamentos e com êxito na realização de atividades cotidianas. A indicação é para um tratamento multidisciplinar (com fisioterapeuta, psicoterapeuta e psiquiatra) aliado à prática regular de atividade física para aumentar e acelerar o metabolismo. “É importante tratar a insônia e também controlar a ansiedade e a depressão, pois esses transtornos aumentam o nível de dor”, observa doutor Zicarelli.

 

Em casos nos quais a dor perpetua ocorre em pontos específicos, é possível realizar tratamentos percutâneos minimamente invasivos para injeção de medicamentos em articulações específicas ou até mesmo em terminações nervosas que possam ajudar no controle da dor. Além dessas opções, novas tecnologias possibilitam a execução da rizotomia percutânea por radiofrequência (técnica minimamente invasiva em que se empregam ondas de radiofrequência) e implantes de eletrodos para neuromodulação.

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