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De Londres a Londrina: um voo que salvou a vida de bebê com hidrocefalia

No último mês, a pequena Ana Liz, com 4 anos de idade, esteve na cidade e, junto com sua mãe, reencontrou médicos da N3 que lutaram por sua vida

 

Tudo transcorreu normalmente com a gestação de Thalita Azevedo até o quinto mês. O cenário começou a mudar quando, em uma das ultrassonografias, foi identificada uma quantidade de líquido no cérebro da pequena Ana Liz. No primeiro momento, a orientação médica foi apenas para acompanhamento da situação. No mês seguinte, no entanto, com o aumento da quantidade de líquido, e diagnóstico de hidrocefalia, a conduta da equipe mudou e a mãe foi orientada a interromper a gestação, que seria “inviável”.

 

Londres (Inglaterra) era onde Thalita e seu esposo residiam, em 2018. Naquele país, o aborto é legalizado até a 24ª semana de gestação e, em casos excepcionais, é possível ser realizado mesmo após esse tempo gestacional. “Eu cheguei a perguntar se poderíamos antecipar o parto para não prejudicar a bebê, mas eles disseram que não. As minhas opções eram abortar ou esperar até o final da gestação e assumir a responsabilidade pelas sequelas que ela provavelmente teria”, conta a mãe.

 

Assustados com o encaminhamento sugerido pelos profissionais de saúde, os pais decidiram buscar orientação no Brasil junto a um familiar médico que, embora não fosse especialista na área responsável pelo caso, buscou orientações com colegas médicos e chegou à conclusão de que a saída seria a gestante vir para o Brasil para tentar salvar a vida de Ana Liz.

 

Mesmo estando com 34 semanas de gestação e diagnosticada com trombocitopenia (distúrbio hemorrágico), Thalita embarcou para Londrina na esperança de encontrar a solução para a situação de sua filha. Ao chegar, ela foi atendida por uma ginecologista obstetra que a encaminhou para a neuropediatra Dra. Daniela Godoy e, consequentemente, para o neurocirurgião Dr. Carlos Zicarelli, ambos da Clínica N3, que a receberam prontamente e passaram a acompanhar o caso de perto.

 

Durante três semanas, eles ficaram atentos ao desenvolvimento da criança e, às 37 semanas, observando que a quantidade de líquido havia aumentado, e poderia causar sofrimento para Ana Liz, encaminharam a mãe para um parto cesárea. No dia seguinte ao nascimento, a bebê passou por uma cirurgia chamada derivação ventrículo-peritoneal, na qual é interposta uma válvula no cérebro que desvia o líquido excedente do cérebro para o peritônio, no abdômen. Em uma semana, Ana Liz recebeu alta hospitalar e após dois meses sendo acompanhada pelos especialistas, pôde retornar para o seu país.

 

“Foi uma cirurgia sem intercorrência e com excelente resultado”, recorda o neurocirurgião. “Se ela [a mãe] tivesse acreditado que não tinha o que fazer, hoje não teria a filha”, acrescenta Dra. Daniela.

 

Para surpresa dos dois profissionais, na segunda quinzena de março, Thalita veio a Londrina a passeio e fez uma visita à Clínica N3 para mostrar a filha, hoje com 4 anos de idade, aos médicos que fazem parte de sua história de vida. “Eu só tenho a agradecer à Dra. Dani e ao doutor Zicarelli, pois foram meus anjos. Se não fossem eles, com certeza Ana Liz não estaria aqui hoje”, frisa a mãe. Segundo relata, a menina é muito ativa, tem um bom desenvolvimento em todas as áreas, e é considerada uma criança normal, inclusive na escola onde estuda, em Portugal – onde a família reside atualmente.

 

“Foi uma visita muito importante para nós. Ficamos muito felizes em reencontrar a Ana Liz e atestarmos que ela está tão bem”, comentam Dra. Daniela e Dr. Zicarelli.

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