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Novos medicamentos para a Doença de Alzheimer

Dr. Raul Campos de Oliveira, Neurologista na Clínica N3, comenta recente matéria publicada pelo Canal “O Globo” divulgando estudo de farmacêutica para produção de nova droga que reduz em até 60% declínio cognitivo da doença de Alzheimer em estágios iniciais.

Entenda a matéria

Conforme publicou a matéria, a farmacêutica Eli Lilly anunciou os resultados da última etapa dos estudos clínicos com o donanemabe, um medicamento experimental para o tratamento do Alzheimer.

Os dados da fase 3 dos testes clínicos, chamados TRAILBLAZER-ALZ 2, foram publicados na revista científica Journal of the American Medical Association (JAMA) e divulgados durante a Conferência Internacional da Associação de Alzheimer, realizada em Julho em Amsterdã, na Holanda.

Segundo o comunicado da Eli Lilly, o donanemabe já está sob análise da Food and Drug Administration, agência reguladora americana. O envio dos documentos para o pedido de aprovação foi concluído no último trimestre, e a empresa espera uma decisão no fim de 2023.

Fonte: O Globo.

 

Segundo o neurologista, muito se voltou a falar recentemente sobre drogas que promoveriam melhora no manejo da Doença de Alzheimer. Os resultados encontrados nos últimos estudos parecem uma brisa fresca após a Tormenta, mas devem ser avaliados com cuidado.

Ainda não estamos perto de uma cura. Conseguimos gerir um lado anatomopatologico da doença, mas com ganhos questionáveis quando avaliados à luz da evolução clínica.

Talvez os recentes estudos sejam mais esclarecedores sobre os aspectos da doença do quê sobre as próprias possibilidades terapêuticas.

 

Dr. Raul Campos destaca ainda, que os pacientes acometidos por essa doença demandam de cuidados tão integrais que por vezes é difícil separar o cuidado específico da doença do manejo clínico dos sintomas. Não obstante, o bom manejo clínico demonstra intervenção benéfica na qualidade de vida tanto do paciente quanto dos seus cuidadores. Esse é o ponto onde se questiona muito a relevância dos últimos achados.

Em um passado não muito distante, uma das novas drogas já demonstrou ampla capacidade de “combate anatômico” sem ganho funcional aos pacientes. Essa é a questão fundamental!

Se não houve ganhos no combate direto a um conjunto de moléculas, será que devemos ampliar isso? E como fazer?

Essas perguntas ainda estarão circulando nos meios científicos e nos nossos consultórios.

Dessa forma, é primordial manter seus cuidados diários na manutenção da boa saúde! Hábitos saudáveis de viver e gerir a vida ainda constituem a melhor prevenção a declínios e limitações.

 

 

Dr. Raul Campos de Oliveira

Neurologista

Atende na área de Neurologia e em Neurologia do Comportamento, com enfoque nos processos demenciais.

Graduado em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), com especialização em Neurologia pelo Hospital Evangélico de Londrina (HE) e aprimoramento profissional em Neurologia do Comportamento e Cognição pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

Atua como médico colaborador no Ambulatório de Neurologia do Comportamento e Cognição da UNIFESP e como preceptor do Programa de Residência Médica em Neurologia do HE Londrina.

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