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Eletroencefalograma de qualidade é fundamental para diagnóstico correto

Neurologista especialista em eletroencefalograma (EEG) pontua detalhes que fazem diferença no resultado do exame; pacientes podem certificar se o eletroencefalograma foi realizado de forma adequada.

O eletroencefalograma (EEG) é um exame que se popularizou ao longo dos anos, passou por atualizações e evoluções e, nos dias atuais, é realizado amplamente por médicos de uma maneira geral. A qualidade das informações captadas através dele colabora para um diagnóstico eficaz que contribui para o tratamento correto e qualidade de vida dos pacientes. Já se for realizado fora das orientações, o EEG pode ser pouco informativo ou mesmo confundir a tomada de decisões por parte do médico. 

 

O eletroencefalograma é um exame não invasivo, feito por meio de eletrodos fixados no couro cabeludo do paciente para registrar a atividade elétrica espontânea do cérebro. Hoje esse registro é digital e tem uma boa resolução espacial, que permite que o neurologista obtenha informações muito importantes. Ele é indicado em várias condições neurológicas, mas principalmente na epilepsia, pois pode ajudar a fazer o diagnóstico e a correta classificação da epilepsia. Mas pode também ser útil em outras situações, como em pacientes graves de UTI que estejam apresentando rebaixamento do nível de consciência, em pacientes com quadros demenciais, nas encefalites e outras situações.

 

Pequenos detalhes devem ser observados porque eles farão toda a diferença na qualidade do exame e no diagnóstico. A neurologista da Clínica N3 – Neurologia, Neurocirurgia e Neuropediatria, Dra. Juliana Passos, especialista em epilepsia, eletroencefalograma e vídeo eletroencefalograma (VEEG), explica que o EEG bem feito deve ser realizado por no mínimo 20 minutos, com captura de informações de boa qualidade, numa sala com pouco barulho, escura, em um ambiente confortável e com o paciente deitado. O material utilizado deve ser de boa qualidade assim como os eletrodos e o próprio aparelho que faz o registro; a rede elétrica da sala também precisa ser adequada.

 

O técnico que realizada o exame tem de estar preparado, com treinamento apropriado garantindo que o exame não seja contaminado por artefatos. Além disso, o dado deve ser interpretado corretamente na presença de vigília, sonolência e sono, que são estados que aumentam a sensibilidade do exame. É muito importante que o médico responsável pela interpretação do exame seja qualificado, com registro de especialista em Neurofisiologia (RQE). 

 

Preparo 

 

Para melhorar a qualidade do EEG, é necessário que o paciente fique atento às orientações feitas pelo médico a fim de garantir melhor qualidade do traçado e, consequentemente, informações mais precisas. O couro cabeludo deve ser previamente preparado, com higienização correta que assegure que não haja oleosidade; o paciente deve fazer privação de sono, ou seja, dormir menos horas do que o habitual, principalmente no caso de epilepsia, pois isso aumenta as chances de registro de anormalidades. Também é indicado que esteja alimentado e use roupas confortáveis. 

 

Controle de qualidade 

 

O próprio paciente pode verificar se o exame é de boa qualidade observando se recebeu um preparo adequado para fazê-lo: se a sala estava escura, silenciosa, confortável; se dormiu durante o exame, se o EEG durou um bom tempo – ao menos 20 minutos; e se foi feita a marcação e a colocação cuidadosa dos eletrodos. 

O paciente também é capaz de verificar a qualidade do exame ao recebê-lo. Para tanto, precisa confirmar a conferência do material, observando se junto com o laudo estão as telas do exame e se ele foi assinado por um médico neurofisiologista devidamente especializado. 

O laudo deve conter informações sobre a atividade elétrica de repouso do paciente, sobre a presença de anormalidades epileptiformes ou alentecimentos focais, além do registro da fotoestimulação (estímulos com luz piscando) e da hiperventilação (ativação feita pedindo para o paciente respirar profundamente durante um tempo). 

“Essas ativações aumentam a sensibilidade do exame, embora em situações muito específicas, como quando o paciente é muito novo ou muito idoso, não seja possível realizar todas elas. Entretanto, de um modo geral, as ativações devem fazer parte do exame”, complementa Dra. Juliana.

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