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‘Foi como desligar um interruptor’, define esportista que sofreu AVC aos 42 anos e depois tornou-se maratonista

Diagnóstico rápido e tratamento imediato foram diferenciais que favoreceram a recuperação do advogado; recentemente, ele percorreu 90 km na maior ultramaratona do mundo, na África do Sul

Vinte e oito de março de 2018 seria um dia normal para o advogado Fabiano Luis de Oliveira, de 42 anos, não fosse uma grande mudança de planos preparada pelo seu próprio organismo. No início da noite, após fazer alguns exercícios simples na academia do seu prédio, já em casa, conversando com sua esposa, sentiu o lado esquerdo do corpo “apagar” repentinamente, como quando se desliga um interruptor, conforme define.

No momento, não perdeu a consciência e conseguiu descrever o que estava acontecendo para a esposa, Celina Ballarotti. Por ser fisioterapeuta e conhecer os sintomas do Acidente Vascular Cerebral (AVC), imediatamente pediu ajuda a um vizinho e deslocou Fabiano até o Hospital Evangélico de Londrina, onde foi prontamente atendido pela equipe de Neurologia da unidade, composta por profissionais que também integram o quadro de especialistas da Clínica N3 – Neurologia, Neurocirurgia, Neuropediatria.

O caso era grave, tratava-se de um acidente vascular cerebral isquêmico maligno da artéria média. Em pouco tempo, o paciente que havia entrado no hospital totalmente lúcido estava desacordado sobre a maca. Naquele momento, a competência e a agilidade dos profissionais da área somadas aos recursos disponíveis naquela unidade hospitalar, que é a única da região com referência pelo Ministério da Saúde para atender casos de AVC, foram imprescindíveis para os cuidados com Fabiano.

Assim que o diagnóstico foi confirmado, após aproximadamente uma hora e meia do evento, os médicos o submeteram ao tratamento com trombólise endovenosa – medicamento eficaz que dissolve o coágulo dentro do cérebro, desde que seja administrado no tempo certo (até 4h30 após o AVC, mas este fato não deve evitar que o paciente chegue o mais breve possível no serviço de emergência).

Segundo relembra Dr. Leonardo Camargo, neurologista da Clínica N3, chefe do Serviço de Neurologia e Supervisor do Programa de Residência Médica em Neurologia do Hospital Evangélico de Londrina, Fabiano evoluiu bem, o coágulo dissolveu e não houve sangramento, no entanto, devido a um edema cerebral decorrente do procedimento, em menos de 36 horas após a trombólise o paciente foi encaminhado para o centro cirúrgico para ser submetido a uma craniectomia descompressiva. “Nesses casos, é retirada uma parte do osso temporariamente para permitir que as estruturas que estão inchando não prejudiquem as estruturas saudáveis”, esclarece o neurologista.

Após o procedimento cirúrgico, o paciente ficou alguns dias na UTI, sendo dois deles com intubação orotraqueal, e logo começou a apresentar melhora expressiva. Ao todo, Fabiano ficou hospitalizado por duas semanas, e nos últimos dias estava ansioso para voltar a praticar a modalidade esportiva à qual se dedicava há alguns anos, mountain bike. No entanto, foi preciso aguardar a consulta com o cardiologista e a cranioplastia, colocação de uma prótese no local da retirada do osso do crânio (realizada em agosto do mesmo ano).

“O meu AVC foi decorrente de um infarto grave que havia sofrido e não sabia; o trombo que se formou foi para a cabeça”, comenta. Alguns dias antes de ser hospitalizado, Fabiano sentiu uma forte dor no peito e apresentou vômito, mas associou a outras questões e não imaginou que se tratava de um problema cardíaco, embora tivesse histórico na família, estava com o peso corporal em dia e praticava exercícios regularmente. No entanto, somando o episódio à baixa em seu rendimento nas atividades físicas, agendou uma consulta com cardiologista para o dia 29 de março, mas o AVC veio antes. Cerca de 6% dos casos de AVC cursam com infarto e vice-versa.

Ao passar pelo cardiologista ao final de abril, o esportista precisou ser hospitalizado novamente pois uma de suas artérias estava com comprometimento de 95%. “O médico disse que meu coração estava como uma bomba relógio e que precisava operar com urgência”, conta. No dia 1º de maio foi realizado cateterismo e angioplastia transcutânea com colocação de stent.  “Tudo poderia não ter passado de um infarto se eu tivesse procurado ajuda médica quando senti o primeiro desconforto. Devemos estar atentos ao nosso corpo e buscar um profissional da Saúde já no primeiro sintoma”, aconselha.

Gradativamente, Fabiano foi retomando as atividades, juntamente com reabilitação física acompanhada por um fisioterapeuta, um educador físico e uma alimentação balanceada indicada por nutricionista. A corrida, que anteriormente era praticada esporadicamente, conquistou o coração do esportista que resolveu deixar as duas rodas da bicicleta utilizada em seus percursos de mountain bike e apostar nos tênis para as maratonas.

Com muita determinação, em 2020 o advogado recém-recuperado passou a levar a corrida mais a sério e, em alguns meses, estava participando de maratonas pelo Brasil e pelo mundo. No final de agosto desse ano, inclusive, correu a maior ultramaratona do mundo, na África do Sul, a Comrades Marathon, onde correu 90 quilômetros em 10 horas e 20 minutos.

Superação

Diante da gravidade do quadro de AVC, o esportista ficou com poucas sequelas: passou a apresentar crises epilépticas (que estão sob controle com medicação), parestesia (sensação de formigamento ou dormência) do lado esquerdo, especialmente na mão, e um leve desequilíbrio que ele resolve usando uma palmilha para correr.

“O caso do Fabiano é de superação, resiliência e persistência. Esse resultado positivo foi possível porque a esposa reconheceu rapidamente os sintomas do AVC e o levou rapidamente para o Hospital Evangélico de Londrina, que oferece um serviço de ponta, com equipe capacitada em todos os setores para diagnóstico e tratamento de doenças neurológicas e cardiológicas. Ressalto ainda, que esses pacientes devem procurar hospitais de grande porte e que sejam capacitados para atender esses casos, pois a busca por serviços menores e despreparados leva a perda de tempo, algo que não pode ocorrer nestas situações”, observa Dr. Leonardo Camargo.

Atendimento humanizado

O paciente comenta que a atenção, o carinho e o tratamento humanizado da equipe da N3 e do Hospital Evangélico de Londrina o fizeram sentir como um membro da família. “Até hoje temos um relacionamento que ultrapassa o de paciente e médico, é de amizade. Sou muito grato a eles e a Deus, que me amparou o tempo todo”.

Para a esposa, o conhecimento e o cuidado dos profissionais também foram importantes diferenciais no momento difícil pelo qual a família estava passando: “Eu não tenho palavras para descrever e agradecer pelo tratamento que recebemos. A equipe de neurologistas foi maravilhosa, um instrumento de Deus em nossas vidas”, complementa Celina.



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